“Só porque pode
haver uma consequência, não quer dizer que não haja uma escolha.
Nunca me ocorreu
conhecer outros lugares. Toda a minha vida tenho sido exatamente a pessoa que
todos esperam que seja. Nem sei aquilo que quero.”
Penso que o
segredo reside exatamente nisso. Sermos capazes de fazer aquilo que quisermos.
E aquilo que queremos realmente fazer corresponder ao que somos, ao eu ser. E
esse eu como ser corresponder não com aquilo que os outros esperam de mim mas
aquilo que eu quero para mim. E que isso corresponda com aquilo em que
acredito, com os valores e os ideais que defendo. Assim torna-se fácil ser
feliz. É ser aquilo que quiser ser e ser algo melhor para o mundo. Não é pôr em
causa cada passo para tentar perceber se corresponde com o exemplo que devo ser
mas sim ser exemplo esquecendo-me de cada passo que dou. E o reconhecer que se
é exemplo não é fácil. Lembrando-me que posso ser e não ser eternamente
responsável por aquilo que cativo, quando a intenção foge a sete pés do
calculismo, sei que a consequência não pode nunca ser ignorada quando ela em si
mesma não é mais do que um ponto final da escolha e, talvez, não só.